11 de abr. de 2010

Cinema: a arte em movimento

"Um filme é uma história contada em imagens” [1], com essa frase inicia-se o livro: “Cinema: o mundo em movimento” de Inácio Araujo, você já parou para pensar em quantas sensações somos expostos ao ir ao cinema? Choramos, rimos, ficamos preocupados, com raiva, entre tantas coisas, e isso tudo através de uma história contada...
Como já foi citado em um artigo deste blog a origem do cinema, falarei apenas alguns dos pontos cruciais.
Edison criou o cinetoscópio, porém este somente permitia que uma pessoa visse por vez as imagens animadas, foi então que os irmãos Lumière aperfeiçoaram este invento para que vários pudessem ver e criaram o cinematógrafo, que estreou dia 28 de dezembro em Paris, no inicio poucas pessoas viram, mas logo muitos veriam.
“Os irmãos Lumière se preocuparam em captar o real. Mas os espectadores da época assustavam com os simples fato de ver o real.” [2] A novidade sempre é algo que assusta a principio, mas depois se torna natural, esses primeiros filmes duravam poucos minutos e os irmãos Lumière acreditam que seria um invenção sem futuro, já que as pessoas tendem a se desinteressar pelo repetitivo.
Foi ai que o cinema passa a ter constantes modificações sempre no intuito de reatrair seu público. O cinema passa a contar “histórias”, com filmes mais longos, a câmera antes estática passa a se locomover, surgem às montagens que barateiam os filmes, surge o cinema mímico (principalmente no gênero humor), o cinema mudo ganha som, depois ganha vozes, cores... etc. Até os dias atuais onde temos o 3D, “o cinema, como todas as outras expressões artísticas, muda, acompanhando a evolução dos tempos.” [3]


Como diz Alexandre Versignassi:
“(...) as vendas de ingressos nos EUA ficam na faixa de 1 bilhão por ano. Parece bastante, mas não representa quase nada quando você compara com os anos 30 e 40. Naquela época, sem TV nem metade das opções de lazer de hoje, esse número batia fácil em 4 bilhões (...)”. [4] É fato que o cinema sempre está em uma constante maré de números, quando algo novo surge a bilheteria sobe, quando algo se torna corriqueiro acaba por cair a vontade de se ir até o cinema. Hoje dizem que Avatar revolucionou isto por causa do 3D, este que é a nova do momento, mas até quando?



O 3D está sendo o que impulsiona as pessoas a irem ao cinema, o que está “revivendo” esse meio cultural que em 2003 chegou a perder em lucratividade para o setor de games.
“Passando a especificar no 3D ele nasceu muito antes do que pensamos, em 1922 com o filme “The Power of Love", porém sem muita importância, ganhou mais destaque na década de 50 conhecida pela “década do 3D”, mas isso porque nessa década foram feito muitos estudos e testes no aprimoramento do 3D, foi em 2005 que ele reapareceu e em 2009 explodiu. Foi aplicado além é claro do investimento forte da Walt Disney em suas animações. As animações foram as primeiras a ganharem o 3D assim como cores antigamente, depois passaram para filmes infantis, como “As aventuras de Sharkboy e Lavagirl” para só então com o novo 3D aprimorado explodir em Avatar um filme para adultos em 3D, porém como diz Versignassi:
“As TVs 3D chegam neste ano. Aí os downloads piratas vão entrar com força no mundo tridimensional. E será o começo de um novo fim. Ou não. Olhando por outro lado, vemos que o cinema sobrevive há um século como umas das opções de lazer mais queridas, no mundo todo, independentemente da concorrência.” [5]

O cinema nunca para, está sempre se movimentando, se adaptando e sobrevivendo, revolucionando a tecnologia e trazendo para o expectador cada vez mais experiências incríveis, como cita Araújo:
“(...) o nascimento de novas tecnologias sempre impõem mudanças, mas é um exagero dizer que esta se torna ultrapassada (...).”[6] Esta é a dinâmica da arte alimenta-se do passado e defronta-se com o presente”
Por isso devemos ter em mente que a explosão do 3D não durará para sempre, dentro de poucos anos todos os filmes se utilizarão desta tecnologia, porém outras tecnologias virão e superará esta fazendo do cinema um ciclo sem fim de criatividade e adaptação.



Bjinhus
Paty

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Referências

[1] ARAUJO, Inácio. Cinema: o mundo em movimento. São Paulo: Scipione,1995. Pág.7 – (História em aberto)
[2] ARAUJO, Inácio. Cinema: o mundo em movimento. São Paulo: Scipione,1995. Pág.33 – (História em aberto)
[3] ARAUJO, Inácio. Cinema: o mundo em movimento. São Paulo: Scipione,1995. Pág.75 – (História em aberto)
[4],[5] VERSIGNASSI, Alexandre. Revista Superinteressante. Avatar é só o começo, São Paulo, fevereiro 2010
[6] ARAUJO, Inácio. Cinema: o mundo em movimento. São Paulo: Scipione,1995. Pág.87 – (História em aberto)
AURICCHIO, Jocelyn. 60 Jogos que resumem 10 anos de ouro. O Estado de S.Paulo, São Paulo, 21 dez. 2009. Link.

http://blogs.abril.com.br/funhouse/2010/01/qual-foi-primeiro-filme-3d.html Acessado 19:03/10

Um comentário:

Suzana disse...

Oi,

Deu para ver que o Inácio Araújo é um fera na questão do cinema, né! Seria legal que o grupo lesse alguma de suas produções.
Até!

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